domingo, 11 de dezembro de 2011

De só ao pó.

A moça
De cara fechada e coração aberto
De mão calejada e sentimento secreto
De boca calada e olho sedento
De alma assassinada e corpo enfermo

Pobre moça
Chora moça, chora!
Moça só,
Moça pó.

Um te dá amor pela metade
O outro te dá amor por piedade
Um te dá amor de ficção
O outro te dá amor sem convicção.

A moça de cara fechada e coração aberto
Morre cada noite mais um pouco
A moça de boca calada e olho sedento
Se enforca cada noite mais um pouco.

Pobre moça
Morra moça, morra!
Moça só,
Moça pó
Morra só
E torna-te pó.

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