quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

martírio.

Encolha teus ombros como se carregasse um peso nas costas. Um peso que te rasga, que te fere e que te faz sedenta.
Cada sorriso hipócrita que mostra aos teus súditos é um peso a mais nas tuas costas fracas.
Entrelace seus braços em volta de ti como se confortasse sozinha.
Um conforto ilusório que te machuca, que te engana e que te faz usuária.
Cada mágoa calada que esconde de qualquer sujeito é uma dependência maior de suas ilusões.
Esconda teu rosto de qualquer um que tenta ler teus olhos como se fosse um martírio.
Um martírio inventado, calejado, doado como uma coisa velha e suja.
Cada dor anestesiada de forma abstrata é um martírio precoce nos teus olhos pequenos.
Prepare-se porque não tarda  para que levem até tua alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário