sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Intenções.

É tudo uma questão de tempo.
Ela será pega.

Que diabos ela procurava quando saiu por aí?
Sem levar dinheiro, nem comida, nem roupas e nem mapas?

É tudo uma questão de tempo.
Ela será pega. Ela será massacrada!
Nunca será salva.

Um ofereceu ajuda mas viu que ela não tinha dinheiro e foi embora.
O outro percebeu que ela não tinha roupa e a ajudou com segundas intenções assim a levou para mais longe em um lugar cheio de pecados e esbórnias. Ela quase foi pega.
Um terceiro ofereceu ajuda, mas ela não confiava em mais ninguem. Fugiu.

Ela foi encontrada em uma estrada por alguém que não quis se identificar.
Ela parecia sem norte, suja, desalmada com fome e muito medo.

Ela será pega mais cedo ou mais tarde.
Disseram por aí: "tomara que quem a encontre seja bom e a ajude"
Ela ja confiou em todos que estenderam a mão para ela e só se enjaulou ainda mais.
Ela sabe que quando for pega morrerás.
De uma forma ou de outra vão engana-la mais uma vez e ela vai ser pega.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desconversa.

-Como você está?
-Eu estou bem.
-Está feliz?
-Eu estou bem e não tenho do que reclamar.
-Não vai sair hoje?
- Hoje não.
-Por que não sai a noite está linda!
-Não vou sair.
- O que vai fazer então?
-Nada.
-E o coração como está?
- No mediastino médio, sob o osso esterno pendendo para o lado esquerdo como deveria, obrigada!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Não, por favor eu lhe imploro que não.

Não me diga nomes porque eu nunca os guardo.
Não sorria para mim como um desenho animado enlouquecido porque eu tenho medo.
Não corra de mim para que eu corra atrás como se fizéssemos parte de um comercial de calçado porque eu não quero me falsificar.
Não me segure como se nunca mais fosse me ver porque pode acontecer e talvez eu não queira por enquanto.
Não olhe em minhas mãos tentando adivinhar um segredo porque eu não tenho nenhum.
Não me deixe sair do seu carro como se apenas eu te pedisse uma carona porque eu faço parte da sua caminhada.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

martírio.

Encolha teus ombros como se carregasse um peso nas costas. Um peso que te rasga, que te fere e que te faz sedenta.
Cada sorriso hipócrita que mostra aos teus súditos é um peso a mais nas tuas costas fracas.
Entrelace seus braços em volta de ti como se confortasse sozinha.
Um conforto ilusório que te machuca, que te engana e que te faz usuária.
Cada mágoa calada que esconde de qualquer sujeito é uma dependência maior de suas ilusões.
Esconda teu rosto de qualquer um que tenta ler teus olhos como se fosse um martírio.
Um martírio inventado, calejado, doado como uma coisa velha e suja.
Cada dor anestesiada de forma abstrata é um martírio precoce nos teus olhos pequenos.
Prepare-se porque não tarda  para que levem até tua alma.

domingo, 11 de dezembro de 2011

De só ao pó.

A moça
De cara fechada e coração aberto
De mão calejada e sentimento secreto
De boca calada e olho sedento
De alma assassinada e corpo enfermo

Pobre moça
Chora moça, chora!
Moça só,
Moça pó.

Um te dá amor pela metade
O outro te dá amor por piedade
Um te dá amor de ficção
O outro te dá amor sem convicção.

A moça de cara fechada e coração aberto
Morre cada noite mais um pouco
A moça de boca calada e olho sedento
Se enforca cada noite mais um pouco.

Pobre moça
Morra moça, morra!
Moça só,
Moça pó
Morra só
E torna-te pó.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E se eu quiser voltar para casa?

Cala-me,
Da pior ou da melhor maneira
Mas por favor!
Cala-me.

Não me deixa falar porque eu posso me ouvir na maioria das vezes. E isso tem me irritado sempre.
Já sabemos meu texto de trás para frente e não queremos ouvi-lo de novo. Pelo menos eu não!

Cala-me!

Engasga-me com todas essas palavras sem sentido. Faça-me engolir cada palavrinha tacanha, sem importância, medrosa e por fim desnecessária.

E quando perceber que talvez eu queira voltar para casa me impeça com a mesma voracidade com que me calas.

Nesse minuto eu posso querer te matar, mas não se importe com por menores.

Acredite: Cala-me.

domingo, 4 de dezembro de 2011

ruas sujas

Não peça que eu explique o eu que jamais entenderei
Eu perdi tudo o que é meu em ruas sujas que eu nunca andei
Não peça para que eu feche a única janela que joga vida na minha cara
Ah, se eu pudesse correr apenas mais uma vez eu voltaria lá.

É tão fácil dizer por aí que sou louca quando eu berro até ficar vermelha
Difícil é visualizar o pavor nos meus olhos quando você faz de mim uma personagem
Se não é capaz de enfrentar toda a minha ventania não voe próximo a mim
Ah, se eu pudesse correr apenas mais uma vez eu sairia daqui.

Mesmo se falássemos outra língua não seria diferente
Mesmo se acreditássemos na nossa farsa não seria diferente
Mesmo se inventássemos uma nova fórmula não seria diferente
Mesmo se mudássemos nossa história não seria diferente

Um dia você me olhou nos olhos com tanto amor que eu me quebrei por completa
Outro dia você não fintou meus olhos e me soou uma nota qualquer que eu me puni por ter quebrado na outra hora
É que na verdade eu sei que eu não devo fechar os olhos até arrepiar com suas mãos em mim e nem me castigar se por acaso achar que devo
Ah, se eu pudesse correr apenas mais uma vez eu não estaria mais aqui.

sábado, 3 de dezembro de 2011

como o teu ideal.


Imagine:

Um céu de azul forte e riscos alaranjados distantes, porem, tão vivos. Nuvens brancas e redondas com um sol de amarelo bem forte que parece que foi falsificado. Você provavelmente vai enrugar seus olhos para ver essa paisagem, porque ofusca sua visão. Incomoda mas encanta tanto. E se ao olhar essa cena você quiser se perder num abraço apertado com alguém seria de certo ideal.

Uma chuva forte. As águas não caem do céu e sim despencam, e as gotas de água mais parecem traços grotescos. A água chega furar seus ombros pela força que vem. Céu cinza com vento gelado. Teu corpo mal se mantém em pé. Guarda-chuva? Não adianta. E se ao se deparar nessa situação você quiser tirar alguém para dançar como se fizessem par numa cena de cinema de certo também seria ideal.

Uma noite fria e sua cama vazia. Seu sono parece ter te pregado uma peça e a casa tem um silêncio que parece que vai te ensurdecer a cada minuto quieto. Falta luz, calor, música e um bom vinho. E quando vivenciar parte disso você quiser beijar alguém seria de certo ideal.

Uma música que te enlouquece toca inesperadamente no seu rádio é uma música antiga e que você nem sabe o nome apesar de apreciar tanto. A letra não é em seu idioma e você quase nem sabe o que a letra significa. Mas faz parte de você. Algo nela te faz querer estar nela. E sempre quando isso acontecer se você quiser estar perto de alguém de certo também seria ideal.

O que não seria ideal é ter um alguém para cada situação invés de sempre querer o mesmo alguém para qualquer cena da sua vida.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

pseudo luz.

Nem olhos abertos e nem bocas movendo
Mas ainda assim se percebe e se traduz.           

Quando você tentou apagar minha luz imaginou que eu teria um gerador?
Pois bem.
Eu não tenho!
Mas e se eu tivesse?

domingo, 27 de novembro de 2011

Nous Réunit.

Não os vejo mais.
Não os quero também.
E se eu falasse francês?
Ou se eu voasse por cima da Lua?

Não os vejo mais
Seria porque não os quero mais?
Não lembro quando deixei de vê-los
Será que foi no mesmo momento que não os queria mais?

Imagine
Distante de ti
No escuro e semi-nua
No pulso uma pulseira fina de pedrinhas coloridas
Na mão um cigarro aceso esfumaçando meu rosto
Um violão nas minhas coxas
Um lábio pintado cantarolando versos em francês

Imagine
Distante de ti
No escuro e criativa
Distante de ti
Como deveria ser.

Eu não os vejo mais.
Estou salva?
Brisant nos coeurs et nos têtes,
A jamais, nous réunit.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Secreta

Uma multidão olhando fixamente meus olhos
Fico com medo! Por que justo eu?
Aí eu percebo que todos são monstros brancos com olhos laranjas
Fico com medo! Da onde saiu essas criaturas?
Fico com medo! Por que me encaram?
Tento sair de lá, mas ir para onde?
Nem sei onde estou.
Aí eu me lembro que não posso sair.
Eu sou um segredo e devo ficar escondida para sempre.
Fico com medo!
Será que todas essas criaturas de olhos laranjas vieram me assustar, me culpar ou são todos monstros como eu?
Fico com medo!
Talvez pessoas assim como eu que são segredos e não podem ser vistas por aí acabam virando esses monstrinhos brancos de olhos laranjas com o passar do tempo.
Deve ser castigo.
Fico com medo!
Eu não quero virar esses monstrinhos.
Eu queria às vezes esquecer que sou um sentido oculto.
Pobres monstrinhos brancos com seus olhos tristes além de laranjas!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

De Leonardo da Vinci ou Michelangelo, tanto faz!

Coloque cercas
Não, cercas não protegem bem.
Então coloque muros.
E ainda assim será invadido.
Paredes?
E mesmo assim será incomodado.
Qualquer medida de separação de limites.
É nula. É desunida. Não tem propriedade.

Eu não queria.
O que mesmo sentimos quando nos abraçamos de olhos fechados sem pensar em mais nada?
Ah era isso, que alívio!
Abraça-me agora?
Desculpa eu estar parecendo uma pintura renascentista esses dias?
Eu estive triste. E estou pensando em deixar essa parte do outro lado do muro junto com o que não quero perto de nós agora.
Mas no momento terá que gostar e entender de pintura renascentista, depois jogue tudo pela janela e me abrace!

sábado, 5 de novembro de 2011

Interminable.

Olhos fixos nos teus olhos.
Inspiro e encho o peito de ar e de verdade.
E aí falo para você que sou inabalável.
E o pior? É fácil de acreditar. Até eu acreditaria.

Mas a verdade é que não faço parte de um filme francês.
Embora quisesse ter a vida baseada numa direção de René Clément.

E eis que qualquer pedrinha no meu caminho tem virado um asteróide.
E olhos fixos nos teus olhos tem virado um murro na minha face.
E de inabalável eu não tenho nada.
E o pior? Não estamos estrelando filme nenhum ainda mais francês.
E mesmo se estivéssemos não haveria final nenhum.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Teu álibi.

Eu imploro para que não abra meus olhos.
Deixa assim?
E quando eu te perguntar o por que mentiu, fuja!
Eu imploro de olhos fechados e de mãos cerradas
De testas frisadas e costas corcundas de frio para que não abra meus olhos.
E quando eu te perguntar o por que me enganou, fuja!

Eu imploro para que não mude a porta de lugar.
Deixa assim?
E quando eu te perguntar o por que me prendeu, minta!
Eu imploro de olhos fechados e promessas curtas
De testas frisadas e juras aflitas de pavor para que não mude a porta de lugar.
E quando eu te perguntar o por que me sufocou, minta!

Eu imploro para que não acenda a luz.
Deixa assim?
E quando eu te perguntar o por que me mutilou, crie um álibi!
Eu imploro do avesso e de mãos cerradas
De bocas mordidas e costas corcundas de frio para que não acenda a luz.
E quando eu te perguntar o por que  me assassinou, crie um álibi!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quem foi que ensinou para você que os girassóis são ridiculos?

Deixa-me ser ridícula.
Deixa-me, me deixa!
E eu sei que eu não preciso pedir pela quarta vez.
Você deixaria sem eu ter que pedir. Já deixou!

Você vai perguntar e eu vou ficar em silêncio mais uma vez.
É tudo muito difícil.

Ou eu corro
Ou eu fico aqui
Ou mudo de país
Ou eu mudo tudo
Ou eu não faço nada

E você esta deixando eu ser assim... Tão ridícula.

A parte boa é quando estamos procurando girassóis
A parte ruim é quando eu lembro que os girassóis não são meus.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O monstro que não incomoda.

Eu queria.

Sempre tive a mania de me policiar.
Acho que minha mãe criou um monstro.
Filha, não peça nada nunca e sempre espere que te ofereçam, não vai incomodar. Se não oferecerem nunca peça.

E esse ensinamento para mim foi como lei. E era uma coisa louca, quando as pessoas me ofereciam as coisas, um brinquedo emprestado, um pedaço de bolo, uma balinha e mesmo querendo eu chacoalhava a cabeça e dizia: Não, obrigada! Tudo isso com medo de incomodar. Mas às vezes, na maioria das vezes, eu queria e dizia não.

Minha mãe criou um monstro!

Mas eu queria.

Queria tanto  mas minha mãe me disse para não pedir. Que incomoda.

Como se eu obedecesse minha mãe desde que nasci. Mas nesse quesito eu sempre obedeci até mais do que ela pediu.  Detesto incomodar.

Eu queria tanto... Não é de hoje.

Apenas que ele sentasse encostado na parede e me acolhesse nos seus braços. À meia luz e com um som agradável na vitrola. Eu deitaria com o meu peito encostado no peito dele, minha orelha seria acolhida em seus ombros e ele laçaria minhas costas com seus dois braços. Fecharíamos os olhos e ficaríamos ali até quando eu me sentisse satisfeita. E por fim um beijo na testa demorado demonstrando seu carinho por mim nesse momento estranho para mim. É pedir demais?

Justo para quem nunca pediu nada na vida?

Talvez eu devo ter pedido uma ou trezentas coisinhas insignificantes por aí. Mas não foi de ambição e nem para incomodar ninguém. Sempre obedeci minha mãe (nesse quesito)

É que eu queria muito... Ok deixa para lá.


Sabe, nem sou eu mesmo. É uma amiga de uma amiga da minha amiga. E eu só queria ajudar.

domingo, 30 de outubro de 2011

Preto no Branco.

Do céu caíram estrelas
Na madrugada que tive insônia
Eu vi.

Seria suposição se eu falasse que as estrelas tinham cores porque eu não tenho certeza.
Mas que foi colorido foi.

Eu talvez não queira mais seu nome emprestado e nem apelido nenhum.
Somos as mesmas pessoas só que não suportamos isso.

Do céu caíram soluções
Na madrugada que tive febre.
Eu vivi.

Não tem motivo, não tem nada.

Talvez eu queira sair do esconderijo sem te avisar ou talvez eu queira deixar de ser ficção para você e para mim.

Do céu caíram verdades
Na madrugada que vi nós dois
Eu sofri.

Seria suposição se eu falasse que você já pensa assim como eu porque eu não tenho certeza.
Mas que você me enxerga irreal e fora de contexto, enxerga sim.
Na madrugada que tive coragem
Eu senti.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

para ser piegas não tem regras?

Sabe né?
Que sentada eu fico olhando o nada.
Pensando no silêncio mesmo com todo o barulho que existe dentro de mim e aí eu me canso.
Aí eu deito e falta ar. Tudo gira.

Sabe né?
Que eu suspiro e queria que me envolvesse em seus braços e com uma voz suave dissesse no meu ouvido pausadamente: tudo vai melhorar.

Sabe né?
Aí eu acordei e tudo ficou como era.
Sem face
Sem cor
Sem formatos
Sem significados
Sem sentido.

domingo, 23 de outubro de 2011

Teu paladar em mim e o meu por aí.

Sem explicações.
Passa pela minha cabeça tantas idéias não plausíveis e tão insanas. Todas sem explicações. Posso te contar uma delas se tiver interesse!

Será que o teu café tem o mesmo sabor que o meu?
Digo o mesmo café! Feito pela mesma pessoa, colocado na mesma xícara, adoçado com a mesma quantidade de açúcar ou mel. Exatamente igual. O meu gole seria de mesmo sabor que o seu?

Como saberei o gosto que sente? Como saberás o gosto que sinto?

Eu já quis ter meus olhos no rosto de outra pessoa. Uma pessoa qualquer não importa quem. Só para olhar como sou vista de longe. Eu talvez me achasse tão triste que eu nem gostaria de ser vista por mim.

Eu devo ser esquisita de ser vista por um desconhecido. E tenho certeza que o gosto que eu sinto do café é de mentira.

Confesso que me acho egoísta de pensar assim, mas não deve ser isso, deve ser um jeito menos doente e totalmente falho de querer ser comum.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cortesia.

Nem pense Carolina Campos, não!

E daí que você não ganhou entrada cortesia?
E daí que você precisa entrar pelos fundos escondida?

Verás o filme até o final.

E se não tiver pipoca para você lá, você que leve um doce.

domingo, 16 de outubro de 2011

Simplória e sempre assim!

Essas lágrimas, menina, é resultado de tanta jogatina cruel que você permitiu que fizessem com você.
Não aprenderá nunca!

Já não sabe mais em que acreditar a quem recorrer e onde se escorar. Não sabe que direção seguir ou uma caminhada que te machucaria menos.

Existe uma musica que diz: “Não deixe o sol morrer"  e eu te digo: não deixe menina!
Saiba decifrar da onde nasce teu sol e se guie por aí até se confortar novamente.

Já me disse uma vez que você falsifica teu sol às vezes... Deixe de falsificar e não deixe que o real morra, jamais!

Uma história infundada, emprestada ou inventada não lhe basta!

És tão deficiente às vezes!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

sempre saia com aplausos ou nem entre em cena!

Bela atriz!
Encena com polivalência em qualquer palco.
Mas quando se trata da vida real nem se quer sabe mentir porque os olhos a delatam.

Encolhida, sabe?
Não pergunte o por quê.
Tenho tantos motivos, mas não me peça para mastigá-los para você.

Miúda, sabe?
De doença e de culpas.
Umas se curam outras nunca mais.

Bela atriz!
De muitos sorrisos para agora não ter nenhum.
De muitas histórias para agora roubar a dos outros.
De muitos dramas para agora afundar no pior.
De muitas falas para agora não ter coragem nem de balbuciá-las.
Bela atriz!

Nunca soube que as histórias não te pertencem?

Entra nua.
Coloca o figurino e viva como a personagem.
Seja aplaudida, respire, beba uma água, sente-se... Nuda-se dessa história que não é sua.

Coragem!

sábado, 1 de outubro de 2011

O que não é assim mas seria bom.

Não que você seja obrigado a me dar flores na primavera.
Mas seria bom.
Não que você tenha que ouvir minha voz fraca cantarolar.
Mas seria bom.

Atravessar a galaxia com você seria bom.
Mesmo não sendo eu a pessoa certa para isso.
Poderia te levar e seria bom.

Mas desculpe por não deixar você voar comigo.
Eu preciso voar sozinha, sorrir e chorar como eu quiser.
Eu volto
Mais fraca ou mais forte.

Não que você tenha que me deixar ir
Mas seria bom.
Não que você tenha que me confortar.
Mas seria bom.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

não acredita no amor! mas ama e tem pavor!

O dia que descobrires que:
Não és Julieta, nunca foste!
Não és personagem de Shakespeare.
Mesmo com tanto drama em ti.

Nunca poderás ser Julieta.
Pelo simples ato de não acreditar que de fato... Exista um Romeu.
O dia que descobrires que...
Morrerás só.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

surreal x irreal x real .

Sentimentos oprimidos e quase doloridos
Uma dor pálida, uma dor homeopática.

Gritos emaranhados e quase perturbados
Uma fúria aguda, uma fúria antiga

Seus olhos me dizem algo que eu ainda não soube decifrar. Uma fatalidade!
E o meus agora ficaram assim também... Me tornei indecifrável para mim também. Outra fatalidade!

Parece feitiço.
O seu sorriso traz o meu sorriso.

Uma música que me protege quando toca
Só porque lembra a gente.
Uma piada que me faz sorrir quando eu lembro
Só porque lembra o quanto você luta pelo meu bem (palpite meu).

Deveria ser assim.
Sentir-se completo por sentimentos assim
Mas não é.

Por que precisa de fotos num porta retrato?
De fato precisa.
Escondi todos os meus até eu entender isso um pouco melhor.

E eu já nem lembro mais quando você começou a me amar.
Às vezes te sinto perto outras tão longe e nem assim deixei você sair de mim.

Uma culpa oculta e quase escancarada
Choros abafados, choros de pressentimentos obscuros.
Às vezes parece surreal as vezes apenas irreal e as vezes tão real que me sinto mal.

Sem falar de datas numéricas, mas já não me lembro mais quando comecei fazer parte de você e isso me assusta.

sábado, 17 de setembro de 2011

flashes

Um canto quieto eu não quero
Quero um cantinho meu
Nem que seja frio
Mas não quero quieto!

Um sonho mal finalizado eu não quero
Eu não quero ter flashes eu quero sonhar por completo
Nem que seja pesadelo
Mas quero fim para tudo!

Senti aquele abraço me protegendo de tudo
E eu nem precisava ser protegida naquela hora
Me senti aquecida, me senti amada
Nem sei se esse abraço existiu, mas deixou marcas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

convalescente

Sua dança não é mais a mesma assim como seu sorriso também não é.
Seu silêncio está mais prolongado, inclusive com você mesma.
Você não fala mais com você?

Espero que seja uma fase esquisita.
Esta se quebrando, sabia?

Sua irritante mania de achar graça até do que é sem graça faz falta.

Ah Carolina!

Adoeça de prazer, viva!
Convalesça Carolina!

Mude de nome, de cabelo, de ares e de moradia se assim for, mas não desista de você.

Dizem os inoportunos que quem muda constantemente, sua moradia, visual, hábito, ou qualquer outra coisa não tem personalidade, eu desacredito e digo que quem muda quer apenas sentir novos sentimentos ate juntar todos dentro de si. Aí você me pergunta:

- Juntar todos os tipos de sentimentos e vivências até bastar?

E eu te respondo, Carolina: Para pessoas como você nada é suficiente, nunca basta, e sempre vai querer mais, portanto aproveite tudo que tem vontade e necessidade, mude sempre e convalesça!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Procura-se Carolina!

Você não me engana Carolina Campos!
Eu sou capaz de enumerar todos os seus crimes.

E ainda diz que não sente frio
Mesmo quando a madrugada está congelando
E ainda é capaz de dizer que não da importância para algo que corta seus dois pulsos em um instante.

Carolina aprenda de uma vez por todas;
Onde está escrito "PERIGO" realmente existe perigo
Onde existe placa te informando para não entrar, não entre!

Que teimosia, Carolina!
Eu te disse.
E vou continuar dizendo... Você não me engana!

Teime então!
E corra, mas corra para bem longe!
Fuja.
Porque você, Carolina ,esta em apuros.

domingo, 28 de agosto de 2011

Miragens com ilhas.

Um rosto pálido.
Mãos trêmulas e mortas.
Olhos arregalados e paralisados.
A respiração inexistente.
O coração?

Que coração?

Palpita uma vida injusta.

Ela  não tem suavidade mais.
Pinta os olhos de tinta preta e esfrega as mãos no rosto.
Chora quase um luto por ela mesma.

Contorce-se entre dores e falência de sentidos
Deita quietinha num choro miúdo
E não sabe o que é imaginação ou realidade.
Não sabe se dorme ou se tudo é vida dela.

Não seria crime nenhum
Se ela afogasse todas as mágoas assim em qualquer rio podre
Não seria sacrilégio nenhum
Se ela enterrasse todas as caixinhas de desaforo em qualquer ruazinha deserta.

Ela inventou um novo verbo: “desilhar”
Cansou de estar ilhada por tantas coisas ruins e injustas.
Só falta ter a sabedoria de descobrir como proceder para cada “desilhamento”


Antídoto

Não sinto mais o gosto do veneno
Aquele gosto que desce cortando tudo por dentro
Os olhos lacrimejam e o estomago quer sair de dentro do corpo
Veneno  fraco.
Veneno falsificado.
Veneno placebo.

Envenena-me como antes!
Deixe todas as células do meu corpo enfraquecidas pelo teu veneno
Queime minha pele com o antigo veneno, deixe marcas.
Quero minhas idéias confusas pelo gosto do teu veneno
Quero aquela arritmia
Quero que me falte o fôlego
Quero parar de respirar com o verdadeiro veneno

Envenena-me!
Danifique minha pele por absorver cada gota daquele veneno
Envenena-me!

Envenena-me!
Crie novos antídotos para minha sensação atípica
Não neutralize o veneno que mais aprecio.
Teu veneno não me paralisa mais.

Eu não quero veneno diluído.
Eu quero litros do veneno mais químico!
Nunca mais me ofereça esse veneno falsificado!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Imperfeita

Um violão desafinado
Uma voz rouca e sem força
Talvez você se chateie, mas... Ela não conseguiu.

Ela esqueceu como rimar palavras bonitas com o que ela sente
O que ela sente?
Menina que perdeu melodia, perdeu ritmo, perdeu o tempo.
Se perdeu.

Impeça essa menina.
Imperfeita.

Olhos nos olhos
Lábios no pescoço
Silêncio e sussurros
Fecham-se os olhos num abraço
Abrem-se as almas num beijo

Perdeu Carolina
Perdeu-se.
Perderá também.

O brilho dos seus olhos me ilumina mesmo que numa distância brutal
É perfeito
O calor dos seus abraços me aquece mesmo que num clima finlandês
É perfeito

Carolina... Imperfeita!
Não conteste.
Sabes que ela se torna frágil no momento em que se sente imperfeita e enxerga que a perfeição é ficção.
Não conteste.
Carolina... metade dela não é dela.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

simetria nula

Aquela aflição sem nome talvez tenha nome e ela finge que não
Ou ela finge ou ela realmente não tem noção.
O poeta que ela mais se identifica diz o que ela quer para se iludir ainda mais;
Diz que as cinzas não têm importância desde que a chama valesse a pena.

Mas as cinzas dela já se perderam ao vento
A chama feita dela era segredo e não será lembrado por ninguém.

Ele desfruta de um sentimento tão incomparável e talvez saiba disso
Mas ela, pobre garota, não contava com nada disso.

As salas secretas, as falas em códigos, o sorriso abafado.
A metade de tudo e  tudo pela metade.

sábado, 23 de julho de 2011

mesmo se ficasse cafona.

Talvez voce não conheça a Carolina
Ela não é feita de cores diferentes apesar de conseguir mudar de cor de uma hora para outra
Mas ela é feita sempre de uma unica cor
Entenda cor como humor se for o caso.

Não queira pintar Carolina de uma cor que não é a dela.
Nunca faça isso.

Você ve o que nos olhos dela alem de amor?
Ela te deixa desconfortável?

Ela sonha tanto que da pena
Você percebe?

Pinte Carolina com cores diferentes todos os dias
Mas nunca use uma cor que não é a dela.
Preencha todos os espacinhos em branco e os rasgados tambem.

Carolina é tão...

O pior que ela usa cores misturadas e não se importa das cores erradas.
Você percebe?
Que você pode errar nas cores e tudo ficar bonito para ela?

domingo, 3 de julho de 2011

Decifra-me.

Ela não dança como todas as outras mulheres.
Ela pula!
Ninguem nunca disse a ela que pular e dançar são coisas diferentes?
Mas ela pula de um jeito só dela e assim ela acha que dança e nem se importa com quem a olha.

Tem algo nos olhos dela que não se decifra
E ninguem nunca soube se era algo bom
Tem algo diferente nela.

Ela diz que não tem segredos mas tem caixinhas trancadas por todos os lados.

O que guarda em cada caixinha?
Onde estão as chaves de cada caixinha?

Quando foi perguntado a ela sabe o que ela disse?
Ela respondeu: cada caixinha significa um pedacinho de mim e as chaves estão misturadas em uma outra grande caixa.

Ela não encara a vida como todas as outras mulheres.
Mas também quer ser amada.

sábado, 2 de julho de 2011

Vermelho e Branco.

Carolina como uma unidade, como uma medida, ou como um padrão.
Não daria certo e abriria falência.
Carolina tem efeito de falir quando colocada assim como uma conduta.

Paraísos e Ruinas de uma noite para outra
Carolina tem ações inusitadas e pensamentos distantes.
Carolina se fosse lugar desabaria apesar de fornecer a paz.

Condenada, Carolina!

Silêncio profundo.
Não queira que seja de outra forma.

Predestinada, Carolina!

Silêncio profundo
Sorria esse silêncio e consuma-se de imagens distorcidas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Bordado borrado.

Cria-se cores na mente
Por isso eu mandei comprar cores.

Todas as cores que eu comprei foram essas.
Cores fortes, cores sem vida.

Cria-se sorrisos na mente
Por isso eu mandei bordar sorrisos.

Todos os sorrisos que eu bordei foram esses.
Sorrisos rasgados, sorrisos tímidos.

Você entende de todas as cores?
Você entende de todos os sorrisos?

Eu comprei mas não posso usa-los e nem quero devolve-los.

Cria-se poesia na mente.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Oculto.

Apague a luz e me deixe.
Caminhe com a cabeça baixa ou não, mas caminhe.
Feche a porta e reze.
Não decifre o que não é para ser entendido, apenas sinta o que puder.

Há borboletas cinzas voando no meu teto.
Sem sombras.
Com asas transparentes.
Há borboletas sim.

Havia sonho.
Mesmo que cinematograficamente falando, havia sonho aqui.
Havia inocência.
Mesmo que dramatizadamente falando, havia inocência aqui.

Perdeu-se?
Ocultou-se?
Assassinou-se?
Inventou-se?
O que houve?

A história não se repete, se desvia.
Eu tenho um norte mais distante que o seu.
A história não é ruim, é brilhante.
Mas como eu disse eu tenho um norte mais distante que o seu... alem das borboletas cinzas que voam no meu teto.

sábado, 28 de maio de 2011

cade voce?

Que saudade.
Do abraço, do sorriso.
Que saudade
Até das brigas.

Ele me entendia de todos os angulos e de todos os sentidos.

Era meu porto seguro.

Fiquei desarmada assim, da noite pro dia.
Queria poder abraça-lo e dizer que sinto falta disso.

Ele escreveu sobre mim uma vez
E agora venho lendo todo santo dia.`
Para senti-lo perto e para me sentir mais segura.

Amo mesmo que eu aqui e ele em Paris.

Essa tal de Carolina Campos po C L

Ela não é menina mais. Ela cresceu virou mulher mas ficou com uma essência de menina travessa.
Ela é radiante e terrivelmente encantadora.
O silêncio dela fala mais que uma multidão discutindo em um debate.
Seus olhos atiram como arma todo o sentimento que ela tem com olhos de amor e olhos de raiva.
Ela quando esta perto consegue iluminar tudo o que esta em volta e tudo parece mais bonito e divertido.
Eu digo para quem quiser ouvir: Que atire a primeira pedra quem nunca se apaixonou por Carolina Campos.
Apaixonar-se não apenas sexualmente falando mas apaixonar-se pela pessoa que se é.
Não mede esforços para ver quem ama bem e feliz. É capaz de arrancar o próprio coração com as mãos e oferecer para alguem que ama. É capaz de se jogar do décimo andar para salvar a pessoa que ama.
Ela ama e não pede nada em troca. Ela te entende mesmo quando não deveria. Ela perdoa com uma facilidade e lealdade invejável. Ela tem magia na alma, tudo que ela coloca a mão vira bom. Eu acho que qualquer pessoa deveria ter uma Carolina Campos do lado, mas não é para quem pode e nem para quem merece, são privilegiados os amigos de Carolina, eu me sinto assim.
Ela tem defeitos divertidos e outros nem tanto mas é Carolina Campos.
Sem capacidade para horas marcadas, atrapalhada do começo ao fim, ironica da mais fina espécie, sossegada e nem tanto assim. Não esquenta a cabeça com problemas a serem resolvidos, é capaz de deixar a bicicleta por 6 meses com a correia solta e so querer procurar conserto depois que a bicicleta parar de vez, e ainda achar isso divertido. Ela tem centenas de alergias e é incapaz de estar atenta para isso.
Protege os seus com unhas e dentes. Não mede esforços de passar uma noite em claro conversando com um amigo depressivo mesmo tendo que acordar cedo no outro dia.
Eu digo que amo essa mulher por completo e sempre será assim.
O sorriso dela é a coisa mais linda que ja vi em toda minha vida amo todos os sorrisos dela: o sem graça meio de canto, o escandaloso com a cabeça voltada pra cima, o apaixonado com o olhar brilhando e suas covinhas em evidência, o triste que tenta esconder a tristeza com o labio superior pressionando o inferior, o com os olhos sempre quando está feliz.
O unico defeito dessa mulher é querer o bem para todos e esquecer do seu próprio bem e quando ela se sente só ela chora e fica quietinha na dela, não pede consolo, nao pede colo, nao pede apoio, foge e chora quietinha. Mesmo ela se matando para dar alegria a quem precisa ela nao se mata por ela e a deixa esmorecer no silêncio.
Ah Carolina Campos, se voce tivesse uma Carolina Campos para voce veria o quão é simples e prazeiroso viver e ser feliz.

* Ahhh C . L  se voce estivesse aqui tudo teria menos dor.

domingo, 1 de maio de 2011

Tenha sutileza, Carolina!

És sozinha, Carolina.
não chore por isso!
És triste, Carolina
não esconda isso!

Você se permite ser ilusão.

Foi falado: Você é sozinha.
E qual o segredo?

Assuma e saiba tirar proveito disso.

Continue sorrindo para disfarçar lágrimas
Continue fugindo para disfarçar realidade

Pegue de volta sua máscara.
Sutilmente fuja outra vez.

Poupe-se.
Seria brutal aceitar consolos
Seria frágil aceitar chacoalhões

Acostume-se
Ninguem te dará colo ate que se sinta segura de novo.
Ninguém te dará condutas se estiver insegura ainda.

És sozinha, assuma!

sábado, 30 de abril de 2011

subentendido.

Foi dito.
Foi explicado.

Foi insinuado.
Foi compreendido errado.

Não é um jogo de cartas nem um desafio de dardos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

e não é tudo.

Decifras o que é misterioso
Vais afundo ate descobrir cada detalhe.
E não satisfeito quer dar vida onde eu ja tinha colocado morte faz tempo.
Talvez nem tenha se perguntado se eu queria, mas o fez.

Eu não sei dos dias que passaram e nem dos dias que estão por vir
Eu sorri para voce com a alma e voce foi capaz de aceitar e oferecer outro em troca.

Eu não sou uma apenas
Assim como você
Eu não sou comum
Assim como você
Eu sou criança disfarçada
Você não
Eu sou frágil por completo
Você não

Eu gosto do som da sua voz, da sua risada. Sempre gostei
Eu gosto do gênero durão que faz, e quando eu vi sensibilidade em você eu quis proteger.

Confesso que tive medo de me entregar assim na loucura (mesmo pensando bem antes de agir)
Não queria te ver diferente, distante e que nossas brincadeiras tivessem fim
Pensei que acabaria tudo ali depois de uma, duas ou três noites de diversão, acho que você também.

Gostava da sintonia, agora amo.
Gostava da risada, agora amo.
Gostava das conversas, agora amo.
Gostava dos quase abraços, agora tenho vários, e adivinha? amo.

Eu, na verdade, não sou de toda mistério, apenas fantasia e máscaras.
Voce me despiu da melhor forma.
Eu, na verdade, sou egoísta sim, gosto porque você me faz bem
Me enxerga, me ouve, me quer, me inspira

Eu sinto por você o que eu gostaria que sentissem por mim:
Uma vontade boa de estar perto porque me faz bem e eu quero fazer o mesmo bem.

Sou irresoluta e aleatória
Não sei o que será amanhã
Não importa se sou predileta, única, primeira, última, para sempre ou para nunca mais.
O quanto eu olhar nos seus olhos e enxergar minha alma ali, serei sua e seras meu.

domingo, 24 de abril de 2011

muda

o clima muda
o céu muda
a rocha muda
o mar muda

e dai?

não foi imposto, teve que mudar.

minha fragilidade muda
minha necessidade muda

mesmo ainda sendo fragilidade e necessidade, mudou.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

o que era fácil

É tão mais fácil ter o controle dos meus passos.
É tão mais fácil não expor, não saber, não sentir.

Esse receio me deixa nula.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

você

Me perdi em você.
Me encontrei em você.

O resto é resto.
Me faz bem, passa rápido.

Não é reclamação
Mas ...

Quero você assim do jeito que me quer.

terça-feira, 12 de abril de 2011

a garganta trava como se tivesse bicho.

Carolina
Desculpe-me, mas vou ser rude, muito rude.
Já é tarde demais, foge do seu controle.
Ah menina durona, sua face está risonha.
Já é tarde demais, foge da sua vontade
Ah menina fria, sua alma está aquecida

Trave a garaganta o quanto quiser
seus olhos brilham
Engula essas palavras até passar mal
elas virão a tona.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

eu deixo

Eu deixo você me despir
com os olhos, com a boca, com a alma
É assim que me ofereço à você
nua, sem barreiras, sem medo, natural.

Meu controle é descontrolado
no ponto certo com você.

Não importa o rótulo
desde que seja assim para você também

Se não é para sentir falta, não importa.

Eu não esperava me virou do avesso
e eu nem ligo, me sinto sua mesmo sem ser.

Não é de mentira nem de filme
Não somos personagens.

É tão bom.

Eu não me prendo, eu vou deixar

Não ligo mais, não receio mais
apenas sinto, cada vez mais, sua mesmo sem ser.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

o que não é mentira.

Eu não sei como
mas você me olha
como desconhecida
um mapa mal feito
E com incoerencia me decifra todinha.

Eu quero entender e deixo para la
talvez seja melhor não saber
como voce me deixa assim
querendo ser sua.

Você encosta em mim e tudo paralisa
Você beija minha nunca e tudo arrepia
Você toca nas minhas costas e tudo  alivia

Eu respirei sua respiração e você a minha.
Olhei nos seus olhos e me senti parte de você

quarta-feira, 23 de março de 2011

autodestrutiva.

Não olha assim
Não cuida assim de mim.

Eu permiti destruição esse tempo todo
E voce com um olhar me levanta de tudo.

Eu não mereço.

quarta-feira, 9 de março de 2011

pele com pele e nada mais.

eu me surpreendo.
toda desenvolta, pecadora.
eu me surpreendo
toda descolada, atriz.

o mistério me abastece.

fecho meus olhos e enfraqueço minhas pernas (praticamente um vôo)
abro os braços, uma para cada lado.

é possível voar sem traçar um plano assim como é possível se entregar nos braços de alguém sem traçar um destino.

é uma questão de entrega, um tiro no escuro.
uma aventura inofensiva.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Eu ainda vou ter problemas comigo mesma.

Eu não me conheço.
Eu dou risada de mim escondido.
Eu ainda não aprendi, da pena.

Não adianta, não era apenas curiosidade.
Ele tem um jeito intrigante.

Isso não vai dar certo.
Mas eu pago para ver.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

só elvis salva minha alma.

"You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel
But I got wise

You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise"

Queria saber como sou vista por outros olhos.
De todos os angulos, sabe?

Queria saber quando me olham com encanto, o que é visto?
Quando me olham com desgosto, o que é visto?
Quando reparam meus defeitos, como é que me encaram?

Eu sou diferente de qualquer outra pessoa, isso assusta.
Nem pior e nem melhor, diferente.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

foi avisado e carimbado.

Que patético.
esse silêncio.

a culpa é minha, eu assumo então.

Muito simples me culpe
por ter me doado a você
por medo, por burrice.

Eu tenho minhas doenças
Não as use-as assim.

Quer competir?
voce perde, meu bem.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

finge-se.

Quando o balançar das folhas das árvores deixa de prender minha atenção
É preocupante.

Quando ouvir love me tender deixa de me fazer respirar fundo e fechar os olhos
É preocupante.

Quando olhar para o violão apoiado na parece e nada vir na mente mesmo que tosco
É preocupante

Quando o dia passa e eu deixo de ter vontade de ver você ou falar mesmo que por telefone
É preocupante

Quando uma caixa de chocolate deixa de estar vazia quando estou do lado dela
É preocupante

Talvez o fingimento não seja pecado uma hora dessas. Não, realmente não é.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Seja Carolina, apenas.

Ta, Carolina voce ja sabia.
Que não ia morrer de amor, voce nem adoeceu por isso nunca.

Ah Carolina.
Essa sua autoconfiança um dia ainda te mata.

Voce precisa mergulhar de cabeça, pular como uma sem alma.
Isso não é você.

Não aceite, Carolina.
Não seja menos nunca mais.