sexta-feira, 29 de julho de 2011

Imperfeita

Um violão desafinado
Uma voz rouca e sem força
Talvez você se chateie, mas... Ela não conseguiu.

Ela esqueceu como rimar palavras bonitas com o que ela sente
O que ela sente?
Menina que perdeu melodia, perdeu ritmo, perdeu o tempo.
Se perdeu.

Impeça essa menina.
Imperfeita.

Olhos nos olhos
Lábios no pescoço
Silêncio e sussurros
Fecham-se os olhos num abraço
Abrem-se as almas num beijo

Perdeu Carolina
Perdeu-se.
Perderá também.

O brilho dos seus olhos me ilumina mesmo que numa distância brutal
É perfeito
O calor dos seus abraços me aquece mesmo que num clima finlandês
É perfeito

Carolina... Imperfeita!
Não conteste.
Sabes que ela se torna frágil no momento em que se sente imperfeita e enxerga que a perfeição é ficção.
Não conteste.
Carolina... metade dela não é dela.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

simetria nula

Aquela aflição sem nome talvez tenha nome e ela finge que não
Ou ela finge ou ela realmente não tem noção.
O poeta que ela mais se identifica diz o que ela quer para se iludir ainda mais;
Diz que as cinzas não têm importância desde que a chama valesse a pena.

Mas as cinzas dela já se perderam ao vento
A chama feita dela era segredo e não será lembrado por ninguém.

Ele desfruta de um sentimento tão incomparável e talvez saiba disso
Mas ela, pobre garota, não contava com nada disso.

As salas secretas, as falas em códigos, o sorriso abafado.
A metade de tudo e  tudo pela metade.

sábado, 23 de julho de 2011

mesmo se ficasse cafona.

Talvez voce não conheça a Carolina
Ela não é feita de cores diferentes apesar de conseguir mudar de cor de uma hora para outra
Mas ela é feita sempre de uma unica cor
Entenda cor como humor se for o caso.

Não queira pintar Carolina de uma cor que não é a dela.
Nunca faça isso.

Você ve o que nos olhos dela alem de amor?
Ela te deixa desconfortável?

Ela sonha tanto que da pena
Você percebe?

Pinte Carolina com cores diferentes todos os dias
Mas nunca use uma cor que não é a dela.
Preencha todos os espacinhos em branco e os rasgados tambem.

Carolina é tão...

O pior que ela usa cores misturadas e não se importa das cores erradas.
Você percebe?
Que você pode errar nas cores e tudo ficar bonito para ela?

domingo, 3 de julho de 2011

Decifra-me.

Ela não dança como todas as outras mulheres.
Ela pula!
Ninguem nunca disse a ela que pular e dançar são coisas diferentes?
Mas ela pula de um jeito só dela e assim ela acha que dança e nem se importa com quem a olha.

Tem algo nos olhos dela que não se decifra
E ninguem nunca soube se era algo bom
Tem algo diferente nela.

Ela diz que não tem segredos mas tem caixinhas trancadas por todos os lados.

O que guarda em cada caixinha?
Onde estão as chaves de cada caixinha?

Quando foi perguntado a ela sabe o que ela disse?
Ela respondeu: cada caixinha significa um pedacinho de mim e as chaves estão misturadas em uma outra grande caixa.

Ela não encara a vida como todas as outras mulheres.
Mas também quer ser amada.

sábado, 2 de julho de 2011

Vermelho e Branco.

Carolina como uma unidade, como uma medida, ou como um padrão.
Não daria certo e abriria falência.
Carolina tem efeito de falir quando colocada assim como uma conduta.

Paraísos e Ruinas de uma noite para outra
Carolina tem ações inusitadas e pensamentos distantes.
Carolina se fosse lugar desabaria apesar de fornecer a paz.

Condenada, Carolina!

Silêncio profundo.
Não queira que seja de outra forma.

Predestinada, Carolina!

Silêncio profundo
Sorria esse silêncio e consuma-se de imagens distorcidas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Bordado borrado.

Cria-se cores na mente
Por isso eu mandei comprar cores.

Todas as cores que eu comprei foram essas.
Cores fortes, cores sem vida.

Cria-se sorrisos na mente
Por isso eu mandei bordar sorrisos.

Todos os sorrisos que eu bordei foram esses.
Sorrisos rasgados, sorrisos tímidos.

Você entende de todas as cores?
Você entende de todos os sorrisos?

Eu comprei mas não posso usa-los e nem quero devolve-los.

Cria-se poesia na mente.