domingo, 30 de outubro de 2011

Preto no Branco.

Do céu caíram estrelas
Na madrugada que tive insônia
Eu vi.

Seria suposição se eu falasse que as estrelas tinham cores porque eu não tenho certeza.
Mas que foi colorido foi.

Eu talvez não queira mais seu nome emprestado e nem apelido nenhum.
Somos as mesmas pessoas só que não suportamos isso.

Do céu caíram soluções
Na madrugada que tive febre.
Eu vivi.

Não tem motivo, não tem nada.

Talvez eu queira sair do esconderijo sem te avisar ou talvez eu queira deixar de ser ficção para você e para mim.

Do céu caíram verdades
Na madrugada que vi nós dois
Eu sofri.

Seria suposição se eu falasse que você já pensa assim como eu porque eu não tenho certeza.
Mas que você me enxerga irreal e fora de contexto, enxerga sim.
Na madrugada que tive coragem
Eu senti.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

para ser piegas não tem regras?

Sabe né?
Que sentada eu fico olhando o nada.
Pensando no silêncio mesmo com todo o barulho que existe dentro de mim e aí eu me canso.
Aí eu deito e falta ar. Tudo gira.

Sabe né?
Que eu suspiro e queria que me envolvesse em seus braços e com uma voz suave dissesse no meu ouvido pausadamente: tudo vai melhorar.

Sabe né?
Aí eu acordei e tudo ficou como era.
Sem face
Sem cor
Sem formatos
Sem significados
Sem sentido.

domingo, 23 de outubro de 2011

Teu paladar em mim e o meu por aí.

Sem explicações.
Passa pela minha cabeça tantas idéias não plausíveis e tão insanas. Todas sem explicações. Posso te contar uma delas se tiver interesse!

Será que o teu café tem o mesmo sabor que o meu?
Digo o mesmo café! Feito pela mesma pessoa, colocado na mesma xícara, adoçado com a mesma quantidade de açúcar ou mel. Exatamente igual. O meu gole seria de mesmo sabor que o seu?

Como saberei o gosto que sente? Como saberás o gosto que sinto?

Eu já quis ter meus olhos no rosto de outra pessoa. Uma pessoa qualquer não importa quem. Só para olhar como sou vista de longe. Eu talvez me achasse tão triste que eu nem gostaria de ser vista por mim.

Eu devo ser esquisita de ser vista por um desconhecido. E tenho certeza que o gosto que eu sinto do café é de mentira.

Confesso que me acho egoísta de pensar assim, mas não deve ser isso, deve ser um jeito menos doente e totalmente falho de querer ser comum.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cortesia.

Nem pense Carolina Campos, não!

E daí que você não ganhou entrada cortesia?
E daí que você precisa entrar pelos fundos escondida?

Verás o filme até o final.

E se não tiver pipoca para você lá, você que leve um doce.

domingo, 16 de outubro de 2011

Simplória e sempre assim!

Essas lágrimas, menina, é resultado de tanta jogatina cruel que você permitiu que fizessem com você.
Não aprenderá nunca!

Já não sabe mais em que acreditar a quem recorrer e onde se escorar. Não sabe que direção seguir ou uma caminhada que te machucaria menos.

Existe uma musica que diz: “Não deixe o sol morrer"  e eu te digo: não deixe menina!
Saiba decifrar da onde nasce teu sol e se guie por aí até se confortar novamente.

Já me disse uma vez que você falsifica teu sol às vezes... Deixe de falsificar e não deixe que o real morra, jamais!

Uma história infundada, emprestada ou inventada não lhe basta!

És tão deficiente às vezes!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

sempre saia com aplausos ou nem entre em cena!

Bela atriz!
Encena com polivalência em qualquer palco.
Mas quando se trata da vida real nem se quer sabe mentir porque os olhos a delatam.

Encolhida, sabe?
Não pergunte o por quê.
Tenho tantos motivos, mas não me peça para mastigá-los para você.

Miúda, sabe?
De doença e de culpas.
Umas se curam outras nunca mais.

Bela atriz!
De muitos sorrisos para agora não ter nenhum.
De muitas histórias para agora roubar a dos outros.
De muitos dramas para agora afundar no pior.
De muitas falas para agora não ter coragem nem de balbuciá-las.
Bela atriz!

Nunca soube que as histórias não te pertencem?

Entra nua.
Coloca o figurino e viva como a personagem.
Seja aplaudida, respire, beba uma água, sente-se... Nuda-se dessa história que não é sua.

Coragem!

sábado, 1 de outubro de 2011

O que não é assim mas seria bom.

Não que você seja obrigado a me dar flores na primavera.
Mas seria bom.
Não que você tenha que ouvir minha voz fraca cantarolar.
Mas seria bom.

Atravessar a galaxia com você seria bom.
Mesmo não sendo eu a pessoa certa para isso.
Poderia te levar e seria bom.

Mas desculpe por não deixar você voar comigo.
Eu preciso voar sozinha, sorrir e chorar como eu quiser.
Eu volto
Mais fraca ou mais forte.

Não que você tenha que me deixar ir
Mas seria bom.
Não que você tenha que me confortar.
Mas seria bom.