segunda-feira, 9 de julho de 2012

Até os pés choram quando o salão de dança está vazio

O errado traz angustia a ela enquanto o sensato traz agonia. Pobre moça perdida!
Perdida no tempo, no espaço, nos pensamentos e no amor: sempre no amor.

Ela criou um labirinto e ela mesma se perdeu. Pobrezinha!
Ela sequer imagina que seu rosto existe a tradução mais nítida da sua alma que finge hora ou outra ser fria, mas está aflita além de perdida. Pobrezinha, pobrezinha!

Carrega nas costas um casaco de desaforos bordados com insensíveis verdades
Pobrezinha da moça?
É tão culpada quanto covarde.
Aceitou metade de um bolero e depois ficou no meio do salão esperando a música acabar enquanto todos no salão não notavam sua insignificante tristeza vendo o seu par sair rodopiando com a dançarina que merece a dança inteira.

Pobrezinha da moça perdida que aceita metade de um bolero?
Oras, o bolero ou se dança até o final ou não se dança!


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